sábado, março 03, 2007
Minha produção não tem nenhuma ligação com seu ritmo. Me encanto, me assombro e produzo diante, e de acordo, com as minhas motivações, urgências e alterações súbitas nos genótipos pictóricos. Meu ateliê é lugar sagrado, e nele reside as energias que são necessárias para transmutar as alegrias, as lágrimas e os dedos de Deus. Você foi convidada a entrar. “Faustolo e a Flauta Mágica” por lá transitaram saltitantes entoando canções levados por sua mão. Captei-os, e resolvi meus anseios, meus poemas e minhas indulgências. A você resta vê-los. O tempo não está presente. A arte rabisca, assopra e faz nascer. Seja lá qual for sua disposição, as esculturas continuaram a nascer do barro, da pedra, do papel. Outro dia vi um cãozinho sentado solitário em um degrau, marrom e doce, ele também me viu. Eram duas horas da manhã, eu acabara de pintar e tinha resolvido caminhar pelas ruas sossegadas. Compreendi. Voltei e desenhei um pouco mais.
3 Comments:
Rufo,
vc é fofo, vc é completo,
amo de paixão seu trabalho, e qdo vc nos dá a graça de se manifestar pela escrita....
tudo surpreende e muito ensina,
meu eterno e sempre carinhoso amplexo.
Clarice
Muito bonito, o texto e a imagem. Parabéns Rufo :)
excelente amigo!
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