segunda-feira, outubro 01, 2007
Quem sou eu
- Nome: Luiz Carlos Rufo
- Local: São Paulo, São Paulo, Brazil
Na condição de artista compreendo que o melhor da experiência está em conhecer o artista, o outro. Como numa faceta de mil etapas; como num espelho sem resplendor; como se fossemos sós sem isolar-se, entender a falange que segue desde tempos imemoriais. Na condição de artista reconhecer-me na arte, a outra, e buscar no artista, o outro, a identificação, a qualificação, a aprovação de atos criativos até então sem respaldo. Dialogar com as obras de Deneval Ramos, em uma vasta oficina, solitariamente, é passar a pensar na força dos músculos, na respiração e no compasso, na vontade de viver. Na condição de artista reconheço, sem espelhos, a força do fazer independente; na vontade constante, na clarividência de olhos que se fixam mais além. Dialogar naquela tarde tranqüila, com as figuras de Deneval Ramos, antes da curadoria de sua exposição, percebi, com asseveração, o quanto são importantes essas obras e o forçam, indiscutivelmente, a viver. Luiz Carlos Rufo - Diálogo com Figuras. Luiz Carlos Rufo nasceu em 1956, na cidade de São Paulo-SP.
RUFO |
RUFO |
Árvore 6.3.7. |
Previous Posts
- "Adão e Eva"
- "O artista e seu modelo"
- "Rostos de agosto"
- "Três"
- "Desenho do anel"
- "Rosa e azul"
- "Concomitantemente"
- "Aerofotogrametria"
- "O anel"
1 Comments:
O enredo que se tece, as imagens que se inscrevem, oriundos do poder criativo, da sensibilidade profusa, do ato de olhar e de sentir as vivências; a entrega ao exercício da arte, que dissemina emoções, sensações, paixões, sentidos, conceitos, novos modos de viver, novos trânsitos, e que comunicam a linguagem universal: a que fala diretamente ao coração. O movimento estético, possibilidade encontrada nestes vasos, me faz lembrar as colocações precisas de Michael Robin, sobre a beleza da arte e o artista: "A beleza natural, que liberta do mal, revela-se ao olhar menos carregado, menos prevenido, menos experiente. Ela nos assegura, contra qualquer desmentido, que existe sentido, que ele não nos é totalmente estranho, é a alma deste (...). Compreender um artista não é ter resposta para tudo a respeito de sua vida e de seu tempo; é ver com ele o que jamais teríamos visto, pois a grande arte é fazer ver. Assim, a razão da arte é não o oculto, o incomunicável, o diferente, mas, o manifesto, o explícito, o universal." Logo é sempre uma dádiva compartilhar desta instrumentalidade cósmica, desta legião de iluminados.
Miriam Lopes
Postar um comentário
<< Home