"Diário de cada dia"
11h12: um novo café é passado e penso em seus benefícios a longo prazo. Já desenhando penso que o lápis que uso é integrante de uma oficial História do Lápis.
Entre todos os instrumentos para registrar imagens ordinárias, o Lápis é sem dúvida o mais universal, versátil e amoroso, insiste em se reproduzir aos milhões todos os anos, mesmo diante dos assombros de uma era digitalizada. É com o Lápis que devaneio. É com ele que as crianças de todo o mundo se deparam com o inusitado, escrevendo quando deveriam desenhar. Penso ser ele ferramenta indispensável para todos os tipos de conclusões, traçados e caminhos - sobretudo para aquilo que é feito à mão. O Lápis é um produto da longa durabilidade da vida, que exige pouco para continuar vivendo, é, a meu ver, o objeto-filósofo ao qual deveríamos reverenciar.Não é afetado pela ideologia, pela religião ou pela dieta alimentar carnívora de alguns. Muito além escreve e deixa claro sobre sua universalidade. Tem lembranças funestas de quando árvore. Que outra ferramenta imaginaria eu, nesse momento, para acompanha-me?
14h50: despertar de um sono tranqüilo em um quarto confortável é um facilitador para os sonhos que se prescutará, que se comparará aos desejos, as preferências, as pequenas fraquezas descritas com sensualidade e erotismo depois em manuais e guias. Viro meu colchão regularmente, elimino desníveis e rangidos, procuro umidades e caroços, tenho lençóis e fronhas confortáveis, tudo isso para lembrar-me com regularidade suficiente que devo despertar para permitir que a filosofia não durma e venha celere a me acompanhar. Alerto para que se não construa preocupações sobre a ira dos seres animados, sobre perder a hora que passa, sobre vigiar a temperatura como fator necessário necessário para se ter que sublinhar a característica básica do “ser homem”,.
18h13 – nada, absolutamente nada!
22h47: uma entrevista sobre o trabalho que se diz arte, para fazer perceber o quanto a palavra dita expressa o contrário do que se observa. Ah! vejo um autêntico Gauguin, o pintor francês que usou largas camadas de cores, para esquecer.
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