"Em debate..."
A começar pelo estado de grande confusão em torno do real. Douglas Noris aprendeu que o artista não tem nenhum compromisso com a verdade ou com a possibilidade de mentir. Isso é coisa da História, a começar por Michelangelo. O que a arte deve ter é verossimilhança. Precisa convencer. Precisa escapar de si própria e de seus propósitos. E ele não perdeu isso de vista quando quis impedir a entrada de colecionadores e galerista em seu maravilhoso "Necrotério". A incômodo da muleta do jornalismo pós-moderno - para construir a imagem de um artista múltiplo e pesquisador - quase horaciano - da virtualidade e da eletrônica não o alcançou. E fazendo isso acertou de novo, reeditou sua obra original em tempo sequente. Deu entrevista por internet para uma imprensa ávida pela apresentação do novo, do estrangeiro em sua própria terra, do marciano que fala português. O discurso desse rebelde-planetário recheado de não-clichês assustou soberbamente a patuléia. Sua obra é reclusa e espelha, estranhamente, os ecos dos santaelenicos, e sendo assim cria uma linha de tensão entre seu tempo e os desafios da arte temporária que vemos fluir.
2 Comments:
Caros Luiz & Taís,
Acabei de comentar ali em baixo como é bom ser "rabo de leão".
Disse e repetirei até o leão da morte me levar.
O mundo precisa é disto.
Por favor, continuem.
Dois abraços, um forte e um mais suave.
Chico, sem você nossa ÁRVORE não obteria o tão almejado aljôfar.
Postar um comentário
<< Home