"Metal / 1970"
Nesse período uma diversificada experiência com arte direcionou Rufo para a produção de chapas gravadas. O cobre, o latão e a extinta alpaca recebiam pinceladas com traços precisos em tinta neutrol – neutrol é um tipo de piche líquido usado para vedação. Esses desenhos auto-contraste, depois de secos, eram mergulhados em bandejas plásticas cheias de ácido nítrico para se eternizarem em gravações que resultavam em alto relevos. Nada haver com gravura para imprimir. Eram chapas que se tornavam peças de arte por si só, sem reprodução. Essa técnica foi desenvolvida ao longo dessa década e resultou em uma aproximação com técnicas de gravura para reproduzir em papel, como são as águas fortes, maneiras negras, cera mole e tantas outras que passaram a fazer parte das técnicas executadas em diversos ateliers, próprios ou de amigos. Verdade que as gravuras reproduzidas só ocuparam o tempo de Rufo a partir do ano de 1990. Até então sua produção, no caso dos metais, era voltada para peças únicas, onde a chapa era o produto final. Algumas exposições individuais e coletivas foram feitas entre os anos de 1977 e 1988 com esse tipo de material.
Taís Wonder Grimme
Fotos/Mira Serrer Rufo
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