“No mercado há vendedores e compradores, portanto uma ação entre amigos que é escusável da mercadoria. Ela, a mercadoria, é fator metáfortico para as relações entrelaçadas que em seu ambito contínuo e voraz faz apenas rechaçar valores da natureza de algo e passa ao largo do que entendemos por arte. Me pergunta, portanto, sobre a arte e seus valores? Digo, se é que lhe satisfaz, da arte sem valores, daquela desprovida e bela que pode ser vista aqui e ali pelos cantos, pois valores, creio, retringe-se as promissórias constituídas de elementos heterogêneos juntados desordenadamente, que é próprio de algo vendável, fruto inconteste de uma sociedade que barganha seus supostos valores, engendra suas conquistas, depravam a liberdade. A liberdade que está aí, aquela do ir e vir, aquela concedida por quem liberta que apenas exprime a máxima de quem liberta faz comprar. Quem compra seus males espanta. Submetidos a essa liberdade ofertada o fazer artístico é apenas promissivo. O objeto do valor se expurga de valores.”
Trecho da entrevista com Luiz Carlos Rufo realizada por Taís Wonder Grimme
Tema: Arte do Mercado
Árvore 637 – março de 2007
leia a entrevista na integra que será publicada no blog da árvore.
1 Comments:
Luiz Carlos
não bastasse o dom de pintar, esculpir, alias pensamento artistico a raciocício jurídico.
és puro ar!!
(Pássaro Ferido)
Postar um comentário
<< Home