quinta-feira, setembro 27, 2007

"Rostos de agosto"





Do trabalho nasce assim, simplesmente, muitas figuras. Ganham formas depois cores e por fim nomes, uma identidade. Nascem em algo. Dai o pacto. Muitos permanecem no lugar que eu próprio determino, outros, sem a mesma sorte, se vão. Guardo-os, a todos, no sagão secreto de minha memória, pois os amo, sem exceções. Cada um é cada qual e isso me faz rir, gostosamente.

"Três"


"Desenho do anel"


"Rosa e azul"


"Concomitantemente"






















"Aerofotogrametria"















































































"O anel"


Ela aceitou o anel.
Seu dedo precisa do anel.
A lua brilhou, formou um anel de luz.
Ela sabe que o anel lhe serve.
Tem medo de saber, mas sabe.
O anel é pra ela.O sol brilhou, lhe deu a certeza da luz.
O amor é pra ela como o dedo pro anel.
Ela sempre olha pro anel, nunca busca-o.
O anjo sorriu e a protegeu, prometeu-me fazê-lo sempre.
Ela merece, ela sempre me faz sorrir.
)Luiz Carlos Rufo(



"Só o fantástico tem chance de ser verdadeiro". Lord Byron

“A arte, indubitavelmente divina,
é um trabalho como outro qualquer
devendo ter assegurado o
seu valor terreno”
Luiz Carlos Rufo
em "Entrevista com Vampiro" de Taís Wonder Grimme e Suzana Hojas W Herrera

terça-feira, setembro 25, 2007

"Andarilho"


"Santa Catarina de Alexandria"


"Prato


"Senhora do chapéu azul"


"Bancada"







Centauro, um animal fabuloso, metade homem e metade cavalo


segunda-feira, setembro 24, 2007


sexta-feira, setembro 07, 2007

"Os Pratos de Rufo"

Meu impertinente capitão pediu-me que escrevesse uma apresentação para os seus pratos. Esse pedido poderia ser de fácil execução, não fosse Rufo o diversificado e talentosíssimo artista que é. Poeta, escritor, escultor, pintor, nada no mundo das artes passa incólume pelas mãos de Rufo.

Sua coleção de 120 pratos (isso mesmo 120!) é uma estonteante viagem que atravessa a mitologia, a história da arte, da filosofia, da poesia para nos encantar a todos com seus vigorosos contrastes de cor, textura e temporalidades diversas.

Cada um dos pratos encerra uma história única, portador de uma estética peculiar que, em conjunto, dá, a quem tem o privilégio de visualizar a totalidade da obra, uma breve noção do alumbramento desse mais recente trabalho. Vigoroso e de uma fertilidade espantosa, Rufo presenteia-nos com seu particular universo mítico, onírico e surreal, ao trazer para o nosso quotidiano, na forma de um objeto absolutamente trivial e ao mesmo tempo sagrado que é o prato, a estética do imprevisível.

O prato, em Rufo, não mais é receptáculo para o alimento diário, mas uma metáfora de todas as nossas fomes, inclusive, e principalmente, a fome inútil e desnecessária da arte. “A gente não quer só comida” parece brandir Rufo, rufar Rufo, a cada prato exibido. Queremos beleza, queremos filigranas insuspeitas, queremos inutilidades estéticas, queremos pratos que não servem para comer, não servem para nada além de serem apreciados como pratos em si mesmos, transubstanciados pela magia da arte que nos alivia a vida e nos fortalece frente à morte.

Pratos eternos, perpetuados pela laboriosa mão do artista que, mais uma vez, serve a nós, pobres mortais, um gostinho de deus.

Ei-los, em resumo, abaixo: