
Seu nu seria sem fronteiras, arábicas, mosaicos diante dos alísios ocorrendo durante todo o ano .
Minha imaginação solicita o seu nu para as próximas coleções de monotipias azuladas. Rabiscando tudo o que é inteiro ou o que deixa a imaginação ir sobre coisas vãs, delas, as 14 aquarelas enfunadas, quatro serão afrescos arremetidos para as paredes de seu chalé construído de frente para o oceano de cor ciano opaca.
De fato não existe esse nu. Não perca o barqueiro que a transportará para o outro lado do rio que corre, perpendicular, no sertão de sua propriedade. Aqui dentro do santuário corpóreo poderei transformar essa maravilhosa experiência em painéis, esculturas, jóias, objetos e textos sagrados. Para isso basta você sentir o que está olhando, deixando sua pele morena e salgada para depois. Todos dirão linda foto. Obrigado. Sei que participei quando a corrente passa eletrizando.
Sei que seu olhar muda um pouco a cada dia, depois que falamos. Depois que se mostra sob o jato do regador.
(trecho de “Navegando em sua nudez” texto/2006 de Luiz Carlos Rufo)
2 Comments:
Magnífico!!!
obrigada, meu capitão, por republicar tão linda poesia em forma de prosa. Grande beijo, c.
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