quarta-feira, agosto 06, 2008

Para mulher

alpaca gravada - 2,0x3,0cm - 2008 - Luiz Carlos Rufo/Arauto

Sobrevôo-as verdadeiras proporções

alpaca gravada - 4,0cm - 2008 - Luiz Carlos Rufo/Arauto

Mulher e Lua

alpaca gravada - 2,0x4,0cm - 2008-Luiz Carlos Rufo/Arauto

segunda-feira, agosto 04, 2008

O pintor e sua modelo- 2008/Arauto
Flauta doce- 2008/Arauto
Fenix- 2008/Arauto
Existindo o amor- 2008/Arauto
Escrevendo poemas- 2008/Arauto
Doce carneiro- 2008/Arauto
Centáuro- 2008/Arauto
Canto do ganso - 2008/Arauto
Anjo eqüestre - 2008/Arauto

Ateliê para Pratos, Vasos e Bacias - 2008/Arauto

Nu, creio, quer dizer exposição. Tanto de quem vê, quanto de quem é olhado. Em signos de arte, e só sob um sistema de palavras, concordo que suas partes divinas estejam de fora, relentadas, à mostra. Pelo que observo, em termos de nu, olhando vejo que está vestida, mesmo nua. Sem visibilidade, descaradamente pudica, e o que é pior, enganando-me. Os véus de sua incerteza são como faróis coloridos de vermelhos chocantes e de amarelos irídios, piscando, denunciando sua retração, suas dúvidas, sua vontade de ser fêmea e mostrar-se sem que alguém veja começando a fazer experiências, queimando rapidamente, removendo todo o ar .
Seu nu seria sem fronteiras, arábicas, mosaicos diante dos alísios ocorrendo durante todo o ano .
Minha imaginação solicita o seu nu para as próximas coleções de monotipias azuladas. Rabiscando tudo o que é inteiro ou o que deixa a imaginação ir sobre coisas vãs, delas, as 14 aquarelas enfunadas, quatro serão afrescos arremetidos para as paredes de seu chalé construído de frente para o oceano de cor ciano opaca.
De fato não existe esse nu. Não perca o barqueiro que a transportará para o outro lado do rio que corre, perpendicular, no sertão de sua propriedade. Aqui dentro do santuário corpóreo poderei transformar essa maravilhosa experiência em painéis, esculturas, jóias, objetos e textos sagrados. Para isso basta você sentir o que está olhando, deixando sua pele morena e salgada para depois. Todos dirão linda foto. Obrigado. Sei que participei quando a corrente passa eletrizando.
Sei que seu olhar muda um pouco a cada dia, depois que falamos. Depois que se mostra sob o jato do regador.

(trecho de “Navegando em sua nudez” texto/2006 de Luiz Carlos Rufo)