quarta-feira, abril 09, 2008

"José Luiz de Carvalho"

O dia 8 de abril é um dia especial para todos nós da VIAESTÚDIO – reduto de nossas produções criativas para o mercado da comunicação e jornalismo – e ÁRVORE 637 – templo que acolhe nossa história como artistas e propicia um infinito criativo para nossa arte. Um dia especialíssimo, pois dentro dele nasceu José Luiz de Carvalho – a eminência parda de nossos empreendimentos. Saibam, amigos, que em cada uma de nossas ações há a marca indelével desse entusiasta; em cada uma de nossa estratégias arquitetadas existe a participação dessa importante figura; nos eventos propostos, seja de qualquer natureza, artística ou comunicativa, contamos com essa força quente, amorosa e discretíssima de José Luiz. Hoje nosso grupo não pode prescindir de tão fundamental presença. Na condição de fotógrafo pude capturar esse incrível momento onde se ladeiam a fotógrafa que tudo vê e o quase incógnito – agora não mais – José Luiz de Carvalho. Parabéns!
Luiz Carlos Rufo

sábado, abril 05, 2008

"A amiga"

NUNCA MAIS...

Nunca mais me curei desse amor. Nunca mais pude fechar a cicatriz deixada pela flecha de Cupido. Nunca mais minha imaginação aquietou-se. Nunca mais pude conter uma lágrima cristalina caindo de meus olhos ao lembrar você. Nunca mais deixei de fazer deste amor uma fonte inspiradora que evoque a vida. Nunca mais pude esquecê-lo. A saudade me atormenta, pois não posso livrar-me dela. Minha razão sabe que preciso escrever novas linhas, mas meu coração se nega a fazê-lo. Ele reconhece em você a aliança. Meu coração é rebelde em não ouvir a razão, mas também, é verdadeiro ao sentir e expressar a dimensão deste amor. As horas passam, já não tenho sono, apenas permaneço neste lugar, a ouvir belas canções, a tecer longos diálogos, entre sonhos e fragmentos já vividos. Apenas, te sinto agora, tão presente como nunca! A solidão me faz companhia; A noite escura me consola; Não há nada a fazer, a não ser escrever desesperadamente linhas que sangram o papel, linhas que vertem minha alma, para manter-me lúcida. Sou prisioneira deste amor, irremediavelmente sem solução, para sempre encantada pela magia de sua presença, de sua doce imagem!











Miriam Lopes - Especial apara Árvore 637

"O amigo"

João Sebastião Ferreira é meu amigo. Apreciador do ateliê Arvore 637. Acontece que ele vai se casar e isso leva-me a crer se tratar de fato inusitado dentro de um namoro de dez anos. João debate sobre todos os assuntos e tem a mania de aparecer quando as noites são frias e propicias a descida bem ajustada de um café fumegando -que eu sei fazer muito bem- por perto da meia-noite. As vezes ele fala muito e comumente muito pouco. João é um amigo. Gosta de ver meu trabalho de arte. Tem um jeito santificado de apreciar arte sem tocar os trabalhos e isso me agrada. Veio de Curitiba, estudou na Argentina porque queria ser sacerdote, anda para todo lado com sua bicicleta. Trabalha não sei no quê. João ama Andréia sua futura esposa. A idéia do casamento o deixa feliz. Verdade. Dá pra sentir isso. Fiz para eles os convites, todos os 104 a mão. Prometeu-me que a entrega desses convites será também pessoalmente, e que para cada um dos convidados saberá explicar tratar-se de uma obra de arte, tanto o convite, que desenhei com muito gosto por ser ele meu amigo João, quanto o fato de em breve estar casado.
Luiz Carlos Rufo

"Retábulo"


quinta-feira, abril 03, 2008

"Petroleiros"



No campo do imaginário trava-se diálogos nem sempre pertinentes. No campo das idéias flutua, sempre, o barro, a pedra e a madeira. No campo longínquo e tão perto das escritas em palavras residem mil coisas que deveriam ser ditas, pois aguardam em fila. Nesta oficina onde há ausência de maquinários pesados existe em abundância barcos ancorados, barcos chegando e outros no ponto de partida.
Luiz Carlos Rufo



"Idéias Barrocas"

Nada há como o piso barroco para a arte que nos cerca querendo nascer. Vejo a noite, vejo o dia sabendo que ambos foram feitos para contrastar. Ando por São João Del Rei para reencontrar os Pirangas, os Antonios, os Franciscos, os Lisboas e quem sabe Gabrieis. Sigo a Prados para as concretizações que edifico no barro.
Gabriel Rufo

"Meu Mestre"


Relato do Mestre
A despeito de saber que você é, e significa, região de uma esfera brilhante limitada apenas por dois semiplanos como asas do tipo amplas e cheias de penas, benevolentes, de um certo ser que têm origens bíblicas e meandros comuns aos que passam pelo centro das esferas das reencarnações sem respeitar as leis do cosmo, gostaria de que tivesse a certeza sobre seu parecer, em relação ao que declamo, que protagoniza um momentâneo brilho iridescente em minha singela imaginação. Tento reconstruir o caminho que você percorreu, ou por ventura tenha feito as cegas, para encurralar o meu suave perfume, minha maneira de falar e minhas modestas intenções. De fato só a mulher, em seu cárcere terrestre, pretende surpreender, resgatar e aprisionar os pobres homens com suas ferinas argumentações. Seu faro me surpreende, pois nele vejo representado tudo aquilo que, eu, gostaria de na verdade ter dito antes de ouvi-la. Sua gentileza me faz acreditar ser hoje, lendo você, aquilo de que de fato ainda não sou. Sou grato por sua maneira de ler, sou aquilo, neste momento, que você acredita que sou apenas para agradá-la. Não saberia fazê-lo de alguma outra maneira, e veja, você, apenas em uma frase, me encantou, deixou-me ocupar um nível do patamar a seu lado, por instantes eu sei, mas eu não esqueço de que precisei de um grande e inexpressivo parágrafo para convencê-la de que eu sou aquele ao qual você leu e se encantou por um breve instante.
Agora me deixa tocar o instrumento.

Luiz Carlos Rufo