sábado, fevereiro 23, 2008

"Uma moça feia"

Diz-se de que ela é como o pássaro que relativamente pia.
Não creio, falando de pessoa já um resultado auspicioso, pois há em seu emblema um corisco bem de perto. Ziiim! Porém considerada imensa a bagagem dela. Eu mesmo sei pelo toque que pude cometer, minha maneira pessoal, digamos, com que a coisa dela entre em contato com outra coisa que era a minha. Hummm!
Me fiz assim hóspede sem combinação. Ela, com semblante indefinido parecia sim mas me dizia um não. Observando a atmosfera sabia estar ela acompanhada. Tão linda assim de lado, quem sabe se pensasse ser alguém indivisível. Talves? Eu não. Linda demais, conhecendo-a por meio da experiência; feia demais, se pertencente à espécie humana e da satisfação de uma atividade física.
Um prazer sexual que demonstra gentileza às graças de alguém que vem dar lustro.
Luiz Carlos Rufo - Prazer do Texto /2008

"Uma magia de querer bem"




Meu sempre amor,
meu lugar é um bloco mágico onde nascem fatos, fábulas, sonhos e metáforas.
Re-escrevo a cada dia os conteúdos do Dom gratuito que recebi.
Sou motivado e iludido a continuar eternamente por aqueles que me rodeiam - mas os de perto.
Depois que os tive, em número correspondente a dez mil, jamais os esqueço, pois sendo assim já habitam meu coração.
Nunca me equivoquei, nunca me magoei, se pensar em termos mágicos do artista que sou.
Senti saudades, senti sua falta, pois és linda lá dentro de mim se pensarmos em termos do humano que sou.
Te amo e lembro-me sempre dos diversos amores que nutrimos um pelo outro em suas diversas e chocantes fases.
Sempre construímos um romance no sentido da literatura. Sempre vivenciamos um romance no sentido de nossos corpos.
Estivemos juntos antes, no presente e seguiremos amando, sem solução, para sempre.
Serei seu amigo para sempre, pois se afirmasse o contrário seria outro alguém que não eu.
Sou alguém como eu só para você.
Serei sempre teu, e nos fatos reais, caso queira me visitar.
Que lindo te rever e poder falar assim com as paredes.

•O amor de Josefa e Areovaldo•
(texto, desenhos e esculturas)
Luiz Carlos Rufo / 2006/2007/2008

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

...de todas as Fátimas

"O Flautista de todas as Fatimas"
, as doces e amargas, as terrenas e endeusadas.
Onde a musica circula pelos corpos, unindo-os pelo amor.
Onde não e preciso chegar porque não existem metas.
A musica do coração, a musica do embalo.
A melodia da lua e do sol, o arco que carece de flecha...





Rubina


terça-feira, fevereiro 19, 2008

"em busca de um acordo"


A Cabeça no prato me lembra que Diálogo é reflexão conjunta trocada pelas personagens. Eu observo, com distância, sua resposta imediata de máquina programada para me contestar, mesmo tendo eu criado tal maravilha em gesso com qualidade e característica. Em minha observação cooperativa das experiências sempre atribui, sem pestanejar, a cada personagem, metodologias de conversação que têm como empenho melhorar a comunicação entre as pessoas, o ato de produzir idéias e os contatos diplomáticos para seus novos significados compartilhados. Chamei esse colóquio de confidencialmente íntimo ou, posto de outra forma, sugeri metodologia para permitir que as pessoas pensem juntas e compartilhem os dados que surgem desta interação sem procurar analisá-los ou julgá-los de imediato. Depois achei tudo muito frio e determinei que tal Cabeça seguiria para a forma com o intuito de ser reproduzida 12 vezes em bronze castanho. Quem sabe o mercado de arte se interessaria e sendo assim, penso, 12 cabeças dialogam mais que uma com a minha. Luiz Carlos Rufo/fev/2008

foto: Mira Serrer Rufo



"Clevane Pessoa de Araújo"

Clevane escreve o
Poema Vermelho
para "O Flautista de Todas As Fátimas"
pintura de de Luiz Carlos Rufo

Sangrassem, as rosas, o sangue teria perfume vermelho.
Na composição biopoética do sangue das rosas, con/vivem células de caroços de romãs, místicos e condutores de crenças;
Mórulas de amoras sensuais;
Amores de maças do paraíso.
Penas de Lóris branca, manchada no peito;
Morangos saboroso sem champagne;
Clamores de combatente sem campos de batalha pela Paz.
Suor sangrento de porfíria incompreensível e letal.
Mancha de virgem em lençol de linho.
Safra de raríssimo vinho;
Menstruação, de/flor/ação, nascimento.
Batom onde a cera de abelhas convida ao mel.
Tons de lábios grandes e pequenos.
Labaredas: salamandras elementais do fogo, a desenhar em rubro, linguetas de linguagens poderosas.
Aromático sangue de rosas: licor dos deuses, a representar a essencial mais sutil da arte:o milagre da criação humana.

Belo Horizonte, Minas Gerais,Brasil em 16/02/2007, poema sobreposto aos dois versos inciais, escritos em minha adolescência- em homenagem à tela "O Flautista de Todas as Fátimas" de RUFO.
O flautista, o artista a reinventar um flautista. As fátimas do imaginário se expandem pela rubra cor que caracteriza o Universo feminino biológico: o vermelho. O sangue. Donde ela nasce,donde ela é, se faz mulher, na menarca ("ficou mocinha", explicam as outras: já pode procriar), o milagre da multiplicação, o milagre da parição. O "sangue do meu sangue": fruto que afiança a linhagem. A flauta abre em leque seu som de pastoreio e doçura. Aparece uma das Fátimas e flutua, chagalmente, na chaga do céu. Tons carmin. A filha do artista, obra de carne, mulher, fotógrafa, os fotografa, aparece para registrar a obra paterna. As amigas aparecem, Fátimas tantas, e manifestos brotam, testemunhos de testemunhas verazes. E a tela espanta, na cardinalidade, nos tons e sobretons carmináceos. Penso em sangue de rosas (*) um dos versos de poema escrito com dor. E encantamento.Vou ao blog de Rufo e , sem poder lá estar, no seu locus de ser, pela telinha, delicio-me. O artista, LUIZ CARLOS RUFO (*) , em seu trabalho, carrega seu mundo espacial, seu universos de receptações, seu Cosmos particular. Aprende ao caminhar, ponderar, e ser. E apreende mas, na caminhada, a lição maior: repassar a essência artística. Presentear o olhar do outro, com as nuances de seu próprio olhar. Com o "O Fautista de Todas as Fátimas", Rufo faz com que o protagonista masculino, permita a aparição do elemento feminino: as fátimas, as que sobrevoam o Real. Mesmo um real cardeal, com caroços de romã, vinhos e uvas, amoras, amores, maçãs, morangos, sangue de rosas vermelhas, repito. Sentimos o aroma, do abstrato de seu estilo para a realidade do retrato universal da mulher. Um artista. Um flautista. Uma Fátima. As fátimas.

Clevane Pessoa de Araújo Lopes - Diretora Regional do InBrasCi ( **) em Belo Horizonte, Minas Gerais.(**)Instituto Brasileiro de Artes Internacionais.(*) Luiz Carlos rufo, artista pláStico, escritor e poeta, leva uma vida generosamente artistica. Labuta todos os dias por essa necessidade de expressar a beleza. Tarefa das mais grandiosas, a meu ver. Escultor, pintor, quando escreve, usa parábolas , alegorias, flue qual o faz em seu Universos de tintas e técnicas e materiais. Uma pequena amostra, de seu belo "Onde e Quando", livro que venho de reler e continuo em estado de graça: "A verdade que flutuo e que, na verdade, não ocupo um espaço fixo no ambiente"(...)"Influenciar, aplacar ou acolher não são atributos de minhas incumbências. Eu apenas espero. É o que de fato sei,e sei também que as mudanças virão e o que terei de fazer,chegará com a luz de meu saber.""Adoro os pássaros, que estranhamente, assemelham-se a mim". Ao ler "Onde e Quando", lembro-me da orquídea em plena floração, apoiada ao tronco secular e aparentemente grosseiro: onde uma, onde outro? Pode-se pensar, de longe que as flores são da árvore que resolve contribuir para a expansão da beleza. De perto, sabe-se da necessidade de um apoio que originou a possibilidade. E o aroma sensual é fruto da generosidade do tronco: a filosofia de vida do autor. As flores?Ah, são as palavras...Clevane

domingo, fevereiro 17, 2008

"Miriam Lopes"


O FLAUTISTA DE TODAS AS FÁTIMAS

O que vês? Descubra. Permita-se aventurar e desfrutar das possibilidades estéticas sempre disponíveis aos olhos sensíveis e aos corações sujeitos às paixões do fazer artístico. Enquanto o desvelar do segredo é mágico aos teus olhos, eu também, daqui de meu observatório flutuante, estou a ver. Não apenas vejo, ouço. Não apenas ouço, sinto: o flautista que prazenteiramente reclinado sobre o tronco da Árvore da Vida, transforma seu precioso fôlego em vibrações melódicas sob a instrumentalidade da flauta. Sua doce melodia propaga-se como a brisa de Outono, anunciando que o perfume primaveril das flores está a chegar e não há de demorar-se: cobrirá o chão que estás a pisar. Cada pequeno movimento da Natureza vai carregando este som que seduz os sentidos atentos: os sentidos de todas as Fátimas. Uma delas paira levemente sobre a doçura intuída pelo espírito do flautista. Seu sopro colore de escarlate intenso o Céu: o Céu de fogo de todas as Fátimas que poeticamente compõe a beleza e o encantamento traduzidos assim: a arte e o amor, sagrados. Eles se apoderam de ti, se apoderam de mim, de nós...Podes sentir?

Miriam Lopes

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

"Sussana Hojas Herrera"

O "Flautista de todas as Fátimas" está, em cópia colorida de alta resolução, sobre minha mesa. Recebi-o hoje pela manhã lembrando-me a função de editora que sempre desempenhei. As letras giram ao som desse preguiçoso falutista e vão se agrupando em palavras, pequenas frases compondo uma especial lenda campestre. Olho a imagem, respiro a fumacinha do café, revejo as frases já avermelhadas e quase formadas. Empenho-me em alinhavar essa lenda verbal.
A lenda do falutista, que relatarei a seguir, é fruto de uma imagem impingida ao artista pelos designios da história da arte. (SHH para Rufo)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

"O flautista de todas as Fátimas"


quarta-feira, fevereiro 13, 2008

"Tais Wonder Grimme"


Logo que cheguei, já do portão barroco – resgate de Rufo para o ateliê Arauto - , vi um intenso vermelho enquadrar-se em delicado formato de 300x450cm sobre um cavalete. Flutuava ao ar livre.
Eu tinha muito a dizer, idéias e animações sobre o novo espaço, mas tudo se perdeu diante da possibilidade que se abria para todas as Fátimas; de todos os sons vindos daquela flautinha de um tocador barrigudo, preguiçoso e palhetado; daquele imenso céu imitando um instrumento de som suave e melodioso.
Deparei-me com a pintura “O Flautista de todas as Fátimas”.
Pensei em mil maneiras de me apoderar daquela obra; de guardá-la na bolsa discretamente; de jurar eterno amor e fugirmos juntas do Ateliê de Rufo para nunca mais. Encarei a personificação de todas as Fátimas logo acima do céu vermelho e lembrei-me de que estava ali para escrever.

Tais Wonder Grimme - Minha primeira visita a Arauto

Mira Serrer Rufo

preparando "O flautista de todas as Fátimas" para uma jornada fotográfica
fev/2008 - Arauto

"Cisne"

ou: "O homem piramidal falando com um cisne azul sobre a Ilha de Mira"
acrílica sobre tela - 300x450 - fev/2008 - Arauto

"Pena de Pavão"

acrílica sobre tela - 300x450 - fev/2008 - Arauto

"A Orelha"


acrílica sobre tela - 300x450 - fev/2008 - Arauto

"O Flautista de todas as Fátimas"


acrílica sobre tela - 300x450 - fev/2008 - Arauto

La chapelle Sixtine



Mira/Ensaio Arauto
preparação - fev 2008

terça-feira, fevereiro 05, 2008

"Preparações/Arauto