terça-feira, janeiro 31, 2006

"PEDRAS MOLES" 2005

)PEDRAS MOLES( - “Em todas as ferramentas repousa o objeto construído, lindamente, por mãos escravas. As ferramentas estão por toda parte, pode olhar!”
)ROCCIE MOLLI( - "In tutti gli attrezzi riposi l'oggetto costruito, abbastanza, per le mani asservite. Gli attrezzi sono per tutta la parte, può guardare!”
)ROCAS SUAVES( - "En todas las herramientas recline el objeto construido, bastante, para las manos esclavizadas. Las herramientas están para toda la parte, ¡puede mirar!”
)柔らかい石( - “すべての用具で組み立てられた目的を休ませなさい、 かなり、 奴隷にされた手のため。 用具はすべての部分のためである、 それは見ることができる!"

sexta-feira, janeiro 27, 2006

"HOMENS DE COBRE" - Luiz Carlos Rufo - gravados/1994


Porque Hombres de Cobre y no de Hierro o Bronce, o hasta Oro como cualquier uno podría suponer? El Hierro... el Cobre y místico - dicen. No sé. El bronce, comercial - no que eso sea un defecto. El Oro, bien, vosotros saben. El Cobre nos remite a un ser filosófico como los dibujos suelen, desde siempre, hacerlo. Y observe, también en los grabados.

Porque Homens de Cobre e não de Ferro ou Bronze, ou até Ouro como qualquer um poderia supor? O Ferro... o Cobre e místico - dizem. Não sei mesmo. O bronze, comercial - não que isso seja um defeito. O Ouro, bem, vocês sabem. O Cobre remete-nos a um ser filosófico como os desenhos costumam, desde sempre, fazê-lo. E observe, também nas gravuras.

"COBRE" - 1 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 01/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 2 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 02/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 3 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 03/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 4 - gravados


Gravado – cobre – água-forte • edição 04/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 5 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 05/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 6 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 06/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 7 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 07/637 – 1994/edição 2005 – LCR

"COBRE" - 8 - gravados


Gravado – cobre – água-forte • edição 08/637 – 1994/edição 2005 - LCR

"COBRE" - 9 - gravados

Gravado – cobre – água-forte • edição 09/637 – 1994/edição 2005 - LCR

"HOMENS DE COBRE"



“HOMENS DE COBRE” - gravados de 1994 – água forte.
42 gravuras sobre o tema – edição 2005
AMOSTRA DE GRAVURAS
Março de 2006
Arcos de Valdevez – Casa de Arte –
Astúrias - Espanha
Catálogo para pré-divulgação

terça-feira, janeiro 24, 2006

"GUERINO FRANCISCO - esculturas"


Guerino Francisco é extremamente caprichoso, todos os detalhes são minuciosamente descritos em cada uma de suas muitas peças. Trabalho árduo e feito todo manualmente – sem ajuda de facilidades elétricas, costuma dizer. A madeira para esse escultor autodidata é como uma pedra bruta que quando esculpida se transforma em um maravilhoso brilhante. Em todas as suas esculturas ele faz questão de anotar – esculpindo sua caligrafia – a data, o local e algumas frases que explicam detalhes históricos da peça. Um trabalho vivo e cheio de emoções e lembranças que desprevenidamente nos enche os olhos de lágrimas e o coração de vontades. Um exemplo para isso são as peças que fazem referencias ao circo. Cada uma das esculturas de Guerino nos traz paz e harmonia, pois sua enorme sensibilidade é carregada de amor a serviço de uma arte pura e sofisticada. Vale a pena conhecer e tentar vê-la.

"CONHEÇA GUERINO"

"MULHER SENTADA"

"Um certo Guerino"


ÁRVORE 6.3.7 homenageia o escultor brasileiro, Guerino Francisco, 96, pelo conjunto de sua obra em madeira esculpida. De tudo que é madeira que há por terra Guerino recolhe e com seu bisturi escava figuras inesquecíveis. Guerino nunca vendeu, e como frisa, nunca venderá uma sequer de suas obras. Sua casa, em Santos, é seu Museu/Galeria/Oficina.. Viva Guerino!

"O sonho de velhos equilibristas" e "Elas" - madeira esculpida

"Família Ideal" e "Gente de Circo" - madeira esculpida

"Equilibrista" e "Equilibrista" - madeira esculpida

"RABISQUEIRA"

segunda-feira, janeiro 23, 2006

"Através de Rabiscos Coloridos"

“Ela rabisca desde que era menina descobrindo aos poucos que o mundo não se parecia em nada quando visto através de suas profundas interpretações, ela própria se interpretava achando graça”.
O dia-a-dia incentivava-a, ensinava-a a observar e ver sem olhar, olhar o pôr do sol com a ponta do nariz e memorizar o que achava que via para depois pintar, desvairadamente através de rabiscos coloridos. Usava não apenas lápis de cores nessa época mas também restos de coisas que podia alcançar como por exemplo a pata da gata levemente molhada. Ela que conta, lembrando de sua própria unha, e disso nunca esquecemos, que se pudesse viveria às turras com um possível e provável professor de desenho. Não aceitava nota de quem quer que fosse pois desenhar era para ela um sabor adolescente de sua alma, pintava todos os riscos que as paredes proibidas exibiam. Uma pessoa sonhadora e romântica! Diziam. Insistentemente paciente pela busca do por de sol azul, riscava um vermelho, um verde de suas belíssimas coleções de traços decorados e rococós. Mandava mergulhar as pontas secas no ouro do pote para reproduzí-lo, misturá-lo e jamais entender às minhas insistentes súplicas: “Os dizeres eram caros demais". Hoje trabalhar com essas coisas de ver é viver cercado da matéria que se esconde, de pintura enegrecida, papéis especiais para tornar a ser, livros para ver e gente por todo os lados. Temo uma pequena apalpadela de sua mão que é pequena no tamanho, quente, sensata, mas um ícone ascendente na região que usamos para imaginar. Essa mão dourada que presta socorro como se procurasse livros de se vislumbrar e que não são achados, aconselhados ou mesmo comprados. Se ela explicar os frutos de seus usos e abusos de um simples rabiscar, teme, com carinhos especiais advindos de longe pelos que lhe são caros. O mundo tem nome e fica ali todo mundo sabe.


"RABISQUE"


RABISCO
Você deveria subtrair de seu tempo um tempo para Rabiscar. Dê preferência para falta de tema e enquanto desenha faça algo como palitar os dentes ou ligar para um número de telefone para dizer que foi engano. Enquanto esses eventos acontecem, em sucessão, você rabisca. É, sim, o rabisco é uma caligrafia séria, sagrada e esquecida.
O Rabisco projeta no espaço em branco, que vive entre os acontecimentos programados, seus mais recônditos anseios. O Rabisco surpreende as técnicas e manhas do seu outro ser que te observa de dentro. Seria mais ou menos como se você estivesse acocorado, distraído mesmo, e alguém de você, de súbito, dissesse: “Oi!”

RABISCO – PAPEL/CANETA OU LÁPIS - 2006

"RABISCANDO"









"RABISQUE"

domingo, janeiro 22, 2006

"ÁRVORE 6.3.7"

ARTISTAS de "Árvore 6.3.7"




quinta-feira, janeiro 19, 2006

"PAZ e BEM"


ESCULTURA EM PEDRA SABÃO - 1986

"Iara sobre o Boto na beirada do rio"


Ela é como se fosse uma mulher muito bonita, linda mesmo, ademais com muitos cantos maravilhosos que lhe saem pela boca e que aparece, sempre nua, banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas. Eu fiquei pra ver. Para quem viaja pelos rios é bom dizer, assim de mansinho, que pode vir a sofrer seus encantamentos, vira um navegador encantado e percebe que seus caminhos estão para as pedras. Mas o pobre homem acha que gosta e só se dá conta da tragédia quando já é tarde demais para se desviar do encalhe. Nunca mais esquece dessa tal vislumbre.
ESCULTURA EM PEDRA SABÃO - 1992

"Madona do Sacrário"


Madona, mulher cujo rosto exibe uma beleza serena, de traços suaves e regulares. Seu sorriso habita um lugar onde se guardam objetos sagrados e todas as relíquias. Nos olha feliz sugerindo que visualizemos o mundo como um lugar íntimo onde se pode abrigar os mais infinitos sentimentos. Estende sua mão até o espaço mais recôndito de nosso coração, iluminando com apenas um gesto o que se vai na alma.
ESCULTURA EM GESSO PATINADO - 1998

"CAMINHANTE"

Volto a caminhar. Como os antigos rios que diziam caminhantes, mesmo sem pés. Volto a caminhar com se, antigamente, diriam, se vai para escola – braços balançando e cabeça olhando nuvens: ah! sem escola... – chutando o que encontrar, gentilmente. Volto a caminhar e reviro a cabeça para olhar as montanhas com lombo enfumaçado que ladeiam o caminho, fosse bom. Imagino-as. Volto a caminhar, sempre, pela delicia.

ESCULTURA EM PEDRA SABÃO - 1990


"BARROCO, brasileiros!"


A pedra sabão (talco) é matéria para as mãos. Pó para as narinas desavisadas. Brilho fácil, maciez. Injustiçada pela falta de talentos, pela ausência de respeito, amargando, em suas minas e veios, a maldição dos tempos pelo desperdício. Suas cores são variadas e belas, podendo-se até encontrá-las no azul da cor do céu, no jade secular das matas, na bosta dos marrons do barro da terra, sublimes.
O que importa, sobretudo, é que nelas encontramos as moradas das formas, nelas já vêm prontas figuras embutidas, bastando apenas soprar. Ouvi dizer, por que falaram, de que tal pedra se admira em outros cantos.
ESCULTURA EM PEDRA SABÃO - 1988

"LOCUS MOBILE"


Em 2002 surge “Locus Mobile”. A ânsia pelo andar descobridor. A vontade de transpor, seguir sem procurar, andar sem encontrar. Locus Móbile, viajante da terra conhecida, dos lugares decorados, um andante nas paisagens repetitivas sem se importar com a procura da verdadeira razão do movimento. Locus Móbile, terra, água, fogo e ar.
“Tudo é possível, desde que você volte a pé”
“LOCUS MOBILE” originou textos, esculturas, painéis em acrílico e inúmeros desenhos.

ESCULTURA EM BRONZE- 2002


O livro "Locus Mobile"

Nasci para estar de Pé
Não serei um homem esmagado comendo pó
A base tenho em meu pé
O Pé veio antes
A Roda é invenção, magia, prestidigitação
O Pé meu santuário
Fluo livre por entre os transeuntes

)Luiz Carlos Rufo, Meu Pé, p10(


quarta-feira, janeiro 18, 2006

VERMELHO/RED - 2006 - exhibition

Last Chance to see Luiz Carlos Rufo.
Final opportunity to witness the beauty of celebrated Brazil artist Rufo
Epecifically created and experience the works of Luiz Carlos Rufo
Visit the Institute and experience the work of Luiz Carlos Rufo
Vermelho/Red - 2006 - exhibition

VERTICALIDADE

FRENTE E FRENTE.


Como seria bom ler até o final. E você?

"O mundo será assim: Zapatera"


O mundo será assim: ZAPATERA
O mundo será assim: inseparável.
Zapatera, vou avisando, é apenas uma maneira de aparecer. Zapatera reflete, não é reflexão. Flexa ligeira. Zapatera quer apenas olhar e ser olhada.
No jardim de Zapatera o amor campeia sobre a solidão. Ressonam consecutivamente uma época, como no genes, indicam a luz, o verde, o azul e a amplidão. Tudo fala sem se explicar. Pipocam borboletas e poucas são, de fato, as palavras. Tudo nasce por que tem de ser.
Para você que acredita em novidade, saiba que seu credo está fundamentado em uma ilusão industrial. A novidade alimenta a roda do descarte.
No caminho inverso ao da arte e o do artista nada se separa como querem acreditar os que desvalorizam esse fazer repetitivo e sonolento. Esse fazer que grita, que compreende, que traz em si o que já está feito, o que já foi criado e que apenas se revela através de mãos designadas. “Isso é muito novo! Genial.” diria você meu ilustre desavisado. Meu pequeno bobo. Sujeito-coisa que acredita nos valores de sua ambição. O acostumado a trocar o que lhe incomoda, confundindo o belo com beleza, sente-se bem, jumento! Tu és um verme, por isso segue cantando. O materialismo em moda é contra a urgência em que se efetue também um revisionismo cultural e filosófico. Correndo o risco de se aposentar a ciência em si e a cultura ocidental, o mundo moderno tem que se voltar para a lentidão. Para o lerdo silencioso que passara a existir ou que já existe. Zapatera!
Um corpo de mulher varado. São Sebastião – Mulher – Zapatera, incríveis flechas certeiras. Zapatera!


O ser artístico expressa-se através de sua observância. Muitas vezes o individualismo, ou a experiência de sua existência, cita como exemplo o caminho a seguir. Faço arte ao falar de mim. Apareço para mim, em mim, sobre mim. Todos me verão. Todos, ao observar, se sentiram mais leves. Afinal, estarão se vendo a si e por si próprios.
Olhando sinto-me olhado. Zapatera me acompanha. Viajamos juntos: ela e eu. Suas necessidades são muitas. A minha, de existir a seu lado.


Diante disso, eu então teria que retrucar: Zapatera! Ora, como poderemos alcançar juntamente com outros iniciados a efetividade de uma sublevação na prática da vida, partindo, assim tão amiúde, de plataformas do óbvio retumbante e amparados por teorias de fascículos redigidos por falanges – 64 sintagmas ou 16.384 homens, com certeza uma verdadeiramente multidão de ajumentados - de azabumbados, excepcionalmente treinadas por verdades duvidosas e corriqueiras presumidas.


Me pergunto: “Como?” Como chegar a termo em um cenário de revolução as avessas, onde a exuberância da informação confunde o conhecimento? Onde de tudo se entende mas de nada se compreende? Olhar, pensar, deduzir e enganar. Fala-se em auto estima, perda de peso, transcendência e muito dinheiro, muito além do necessário; da economia e do tempo. Sim! Tudo isso discuti em Zapatera. Foi isso sim que fiz. Choramos juntos, muito, que mais poderíamos ter feito? A arte nessas horas pouco ajuda, ela fica a parte, só olhando. Imóvel, o tempo não a atinge pois é arte. Sei que ela fica triste conosco. É insolúvel esse drama. É insuportável tal visão, pois o céu azul é para todos, mas não o é a comunhão. Zapatera, quem foi que nos convenceu assim? Que logro, que engano, que desfaçatez. O mundo é intocável assim? É claro. Tudo é totalmente errado pois sempre perguntamos o que está acontecendo conosco, com o ser humano. Estamos totalmente convencidos de que está é a verdade absoluta. Agora, possuímos ou somos possuídos? É de nossa natureza acreditar ou os mecanismos nos incita a crermos no estado das coisas como cremos no solido no liquido e no gasoso?

O espiritismo até que poderia ajudar, mas você já viu como esta prática perde força diante da exaltação dos ambientes sofisticados. Você compreende a força que tem uma folhinha de calendário, atrás de uma porta? Sim, é uma questão estética. Como disse o arquiteto morfonhento: “arquitetura é tudo”, e diante dessa afirmação lá se vai as esperanças no espiritismo, pelo menos conceitualmente. Na verdade nunca constatamos nada nem a favor da arquitetura nem do espiritismo. A arte sim. Esta está para nós como o mar para aterra: muitos peixes a serem pescados; muitos vagalhões, muitos abismos inexploráveis. É simplesmente a verdade que se nos apresenta.
Olhando Zapatera a minha frente – mais uma escultura de barro secada na sombra e prestes a ter um molde para que se perpetue – indago: Qual é mesmo a questão?

sábado, janeiro 14, 2006

ÁRVORE 6.3.7 em breve

quinta-feira, janeiro 12, 2006

A LOJA ATELIER OFICINA